Obsolescência
Meu trabalho de arte está dentro da virada do século XX pro XXI
São destroços, restos e vestígios do fim da modernidade
Já estamos vivendo sob a luz dum novo signo — econômico, político, social e cultural
Nesse sentido meu trabalho é obsoleto
Óleo, graxa, parafusos, partes aeronáuticas são resíduos do que restou
Pois já não mais representa o tempo vindouro
Dessa era altamente tecnológica, imaterial
Em plena transformação
Só me resta criar lápides e enterrar os aviões
Vejo a resposta do amanhã se expressando em meus filhos
Marcos Amaro 10/02/2019