Pode ser que não saiba de nada e que conheça muito pouco. Tenho pensado no cosmos e no princípio que nos une. Sei que acidentes acontecem. Mas é difícil negar a harmonia que nos rege. A perfeição do funcionamento de sistemas complexos. O princípio modelador de outros princípios que se chama vontade — de vida, de acontecimento, de realização… A busca pela perfeição/integridade.
É na luta, no embate, no enfrentamento entre os contrários que se faz a mais bela harmonia — como diz Heráclito.
Percebo as constantes transformações em meu corpo e na natureza. Revelo-me quando sou inteiro e honesto. As mentiras são artifícios temporários de vontades contrárias.
A força divina se manifesta através da integridade — de princípios e de vontades.
Shakespeare dizia que pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo tempo; mas nao se pode enganar a todos o tempo todo.
Por trás de uma mentira encontra-se um princípio de incompletude e de insatisfaitação.
O auto-conhecimento não é uma fórmula exata. Por vezes me revê-lo espontaneamente e com quem menos espero. Observo os sinais e os olhares alheios/estrangeiros.
Procuro a saúde e o fortalecimento dos órgãos. Uma vez me disseram que Nietzsche ficava pelo menos ¾ do dia com si mesmo.
É um exercício de observação, de aprendizagem e de perspicácia.
A maior traição é ser desonesto com si mesmo. Quando princípios e vontades não estão em ordem. Sinal de doença e de aborrecimento.
Procuro uma vida plena e completa. No andar da carruagem. Não há garantias. Caminho com disciplina e objetivo.
Sobrevivo. A vida não é para os covardes. A vida exige coragem. A maior lição que posso oferecer para os meus filhos está através do exemplo. Na forma que enfrento os medos. Não é me escondendo e fugindo dos problemas. Pois até o tempo de Cronos teve que vomitar os filhos que tinha devorado.
Afinal, tudo ou quase tudo é de ordem psicossomática?
Questões de sexualidade, de (a)provações, de comportamentos, de desdobramentos…
A memória está para o corpo como a roda está para o carro.
A memória é genética. Percebo um certo padrão de acontecimentos e de repetições em minha vida. Mas essa é uma outra história e para um outro momento.